sábado, 29 de dezembro de 2007

Alice Vieira escreveu "Dizemos 'Sophia'


Uma história sobre a própria poesia
Cláudia Luís
Alice Vieira escreveu "Dizemos 'Sophia' como se esta palavra fosse sinónimo de poesia". E, segundo Mia Couto, "Sophia não escrevia poesia, ela era a própria poesia". Para procurar perceber porquê, a Panavídeo produziu um documentário sobre Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 - 2004), uma das mais marcantes poetizas portuguesas do século XX, que hoje, às 21 horas, é estreado pela RTP2.
"A Fada Oriana", "A Menina do Mar" e "O Rapaz de Bronze" são alguns dos títulos de prosa mais conhecidos da autora e que inspiraram a composição de outras obras, como uma ópera de Fernando Lopes-Graça ou um musical de Filipe La Féria. Mas a obra de Sophia, que muitas distinções, nacionais e internacionais, mereceu, é vasta, abrangendo a poesia, a prosa, o ensaio e a tradução. Menos conhecida é a sua faceta de intervenção política e social. Sophia, que nasceu e cresceu no Porto, na Quinta do Campo Alegre, no seio de uma família aristocrática, assumiu a sua posição liberal, integrou o Partido Socialista e foi sócia fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, fazendo muitas leituras de cariz político na rádio. Mais privado ainda era o prazer que Sophia sentia em viajar e em perder a cabeça com chocolates e guloseimas.
Esta noite, parte do imenso universo de Sophia está na televisão, num documentário realizado por Pedro Clérigo.
ver em JN

1 comentário:

José M. Barbosa disse...

E o que não é, não foi feito ?
Boa pergunta.
Faz-me lembrar a outra : onde é a casa de banho ?

Z.