segunda-feira, 30 de julho de 2007

PATOS BRAVOS e POLÍTICOS "BAZAROCOS"


Mais Uma vez a tentarem faz dos GRANJOLAS BURROS....
E aqui vai a resposta para que conste...
"O Dr.Luis Filipe Meneses conseguiu que a casa onde Eça De Queiroz privou com amigos fosse considerada património nacional.O vereador Firmino Pereira telefonou nessa quarta-feira para o telemóvel do eng. Oliveira a informá-lo que demoraria 2 meses a ser publicado. O eng. Oliveira mandou arrasar a casa nessa noite.Temos provas e testemunhas do que afirmamos :o telefonema do Firmino Pereira para o Oliveira e as relações entre esse vereador e os empreiteiros.
É urgente informar o Dr. Meneses do traidor Firmino Pereira.
Confiamos em si."
Recebi este email que torno público e que vale o que vale mas o detetive Metralha anda à caça e é pena que um habitante da Granja faça lobby com políticos deste calibre.
Enquanto o Presidente Menezes se dedica ao partido...lá vão eles manobrando.
Esperem pela resposta!!!!!

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Cinco mil alunos vão ter aulas por computador - E A GRANJA sem escola,é???



Entretanto, vejam a notícia no JN da autoria do HUGO SILVA e claro, mais um show off da Câmara Municipal que não tem poder nem vontade de preservar o património, como a Casa da Família ECA DE QUEIROZ nem a Escola da Granja, oferecida ao estado pela família Alcoforado e que agora vai fechar.

Vejam o artigo da "modernidade"de Gaia

no JN

http://jn.sapo.pt/2007/07/27/porto/cinco_alunos_ter_aulas_computador.html

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Rampas rendem um milhão de euros

Será que o dinheiro das RAMPAS não daria para recuperar a CASA DA FAMÍLIA EÇA DE QUEIROZ?????


Vejam os milhares que a Câmara diz que ganha com as rampas e que pretende distribuir pelas Juntas de Freguesia...no caso a de ARCOZELO que além disso têm uma SANTA!!!!!





ver a notícia em
O Primeiro de Janeiro
http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=6364d3f0f495b6ab9dcf8d3b5c6e0b01&subsec=&id=

ESCÂNDALO...NÃO! Estava Previsto e com a anuência do Poder




ERA assim a alguns meses atrás e, de repente, sem ninguém dar conta, e pelos vistos a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia NÃO SABIA?????
foi a baixo a única casa que restava da história da Praia da Granja.
Foi o edifício da Assembleia, o da Junta de Turismo, o do Clube Recreativo da Granja (Ah! esses eram do Contra), o terreno junto à Junta de Turismo, oferecido à Praia da Granja e agora ,é... nada mais nada menos de que, sómente o armazém das flores e dos "flores " da Câmara de Gaia. Só falta mesmo o edifício da Estação da CP que, pelos vistos, só vai durar até ao final do ano????Dizem!!!!
Ah! AH! Claro...temos ainda o negócio do terreno da Avª das Árvores que pelos vistos é do Instituto da Juventude e Desportos...."Laurentinices",Claro!!!Tinha de ser do Benfica....riam, mas depois choramos,claro.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Reflexões em volta da arte, da ciência e da cultura


Já lá vai o tempo em que Eça de Queiroz acreditava que «a arte é tudo porque só ela tem a duração - e tudo o resto é nada!»
(Prefácio de Azulejos do Conde de Arnoso)
Ler o artigo do Dr. J. A. Gonçalves Guimarães
mesário-mor da Confraria Queiroziana
em O Primeiro de Janeiro

sábado, 21 de julho de 2007

CAMINHADA NO PASSADIÇO - AJovem

Apareçam...Boa caminhada.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

ILUSTRES GRANJOLAS.....E Granjenses


Aqui temos os ilustres Granjolas da BRITOLÂNDIA o Carlos (gorila), o Nelson e o grande organizador, o Carlinhos, do torneio de TORNEIO DE CARTAS YU-GI-OH que se realizará no Centro Cultural de S. Félix da Marinha.
INSCREVAM-SE.

terça-feira, 17 de julho de 2007

TORNEIO DE CARTAS YU-GI-OH


No CENTRO CULTURAL DE S. FÉLIX DA MARINHA vai haver um grande torneio de Cartas organizado por dois grandes mestres o Carlos e o Diogo com o apoio da Junta de Freguesia de S. Félix da Marinha.
As inscrições estão abertas inscrevam-se até 27 de Julho pelo telfone 22 7531711
E APAREÇAM há prémios

domingo, 15 de julho de 2007

Prémio para Familiar de Granjola


O Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal no Brasil e pianista, Adriano Jordão, recebeu o Prémio Nacional da Imprensa Brasileira – Mérito Dom João VI.Este galardão foi instituído em memória da criação da Imprensa Oficial pelo príncipe regente D. João, em 1808, para a publicação de todos os actos normativos e administrativos oficiais do governo.
Ver notícia em

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Tradução para inglês de «Os Maias» festejada em INGLATERRA


Os clássicos devem voltar a ser traduzidos várias vezes, defende Margaret Jull Costa, cuja tradução para inglês de «Os Maias», de Eça de Queirós, é celebrada hoje na Embaixada de Portugal no Reino Unido. “Com os clássicos, como o Eça, é sempre bom ter uma nova tradução todos os 40 ou 50 anos”, sustenta a tradutora. No mercado existe uma outra tradução do romance oitocentista, mas Eça, “um escritor maravilhoso” no entender de Jull Costa, e «Os Maias» estão ao nível de “[Leon] Tolstoi, [Feodor] Dostoievski ou «D. Quixote» [de Cervantes] - estão sempre a ser feitas novas traduções”. Apesar de ser um livro que caracteriza a sociedade portuguesa do século XIX, a tradutora identifica nele elementos contemporâneos e questiona-se mesmo se “Portugal mudou muito”. “As coisas de que ele faz troça, como o ‘snobismo’ e os políticos pomposos, ainda existem”, refere. “Para um leitor inglês, o que interessa é que Eça é um excelente contador de histórias e o seu sentido de humor é parecido com o britânico”, frisa. A tradução do livro, lançada em Março, é assinalada como parte de uma série de eventos organizada pela embaixada, no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia. A maioria das traduções das obras de Eça foi realizada há muitos anos e muitas estão fora do mercado por se terem esgotado as edições. Margaret Jull Costa traduziu no passado outros títulos do escritor, como «A Relíquia», «O Mandarim», «A Tragédia da Rua das Flores» e «O Crime do Padre Amaro». Tradutora de Fernando Pessoa, António Lobo Antunes e Lídia Jorge, Jull Costa foi distinguida em 2000 com o prémio Weidenfeld pela tradução de «Todos os Nomes», de José Saramago.
ver notícia em O Primeiro de Janeiro

FESTA da SARDINHA NA GRANJA pela AJovem








Apareçam e VENHAM DAR O PÉ de Dança e comer as Sardinhas com a AJovem.
Este fim de Semana.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

EÇA DE QUEIROZ "Os Maias" em Hollywood


Uma dramatização do romance «Os Maias», de Eça de Queirós, vai ser protagonizada por um elenco forte de Hollywood. Eduardo Barreto, responsável pelo projecto, adiantou que o elenco será “uma mistura de ingleses e americanos com experiência em teatro e cinema”.
Um elenco com actores de Hollywood vai protagonizar uma dramatização do romance “Os Maias”, de Eça de Queirós, numa ambiciosa produção no “West End”, em Londres, no próximo ano, revelou hoje o produtor, Eduardo Barreto.
“Só posso dizer que vai ser um elenco de luxo e o actor principal será um dos grandes nomes de Hollywood”, adiantou Eduardo Barreto, responsável pelo projecto.
O produtor não quis nomear os actores, “uma mistura de ingleses e americanos com experiência em teatro e cinema”, alegando que estão ainda a decorrer as negociações para encontrar datas possíveis nas suas agendas profissionais.
Devido a estes constrangimentos, deverá demorar ainda “umas boas semanas” até os contratos estarem assinados, adiando a peça - que esteve anunciada para Dezembro - para a próxima Primavera, em 2008, “não antes de Abril”.
Um “grande elenco” é um dos ingredientes essenciais para concretizar este projecto com sucesso, enuncia Barreto, já que é isso que vai atrair financiadores e público.
“Tem de ter elementos comerciais para fazer dinheiro”, vincou, em declarações à Lusa.
A peça vai chamar-se “Lisbon” e foi adaptada do romance oitocentista de Eça pelo reputado dramaturgo britânico Peter Oswald, que escreveu um texto “lindíssimo, meio em verso, meio em prosa”, acrescenta o produtor.
A adaptação coloca em destaque as três personagens masculinas, Carlos da Maia, João da Ega e Afonso da Maia, e são esses papéis que serão protagonizados pelos actores conhecidos. Parte do financiamento estará assegurada, assim como uma sala no conhecido “West End”, bairro londrino onde se concentram os principais teatros, já que Eduardo Barreto está a colaborar com um dos maiores grupos do meio.
A “força da história” e o facto de ser “um projecto de qualidade” conseguiu atrair também “um encenador inglês muito conceituado e premiado nos EUA”, mas cujo nome o produtor preferiu manter em segredo até estar confirmado.
A convicção de Eduardo Barreto neste projecto, no qual trabalha “há dois anos”, vem do facto de ter encenado “O Crime do Padre Amaro”, de Eça de Queirós, também na capital britânica em 2001, e que, segundo ele, “foi muito bem recebido.
Residente em Londres desde 1992, Eduardo Barreto tem uma carreira variada como actor e realizador, tendo nos últimos anos trabalhado sobretudo em produção com a companhia que criou, a Requiem Productions.


Ver em O Primeiro de Janeiro
http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=c20ad4d76fe97759aa27a0c99bff6710&subsec=

5 SENTIDOS ON-LINE





Caros Amigos,
Agora temos o Jornal 5 Sentidos on-line par todos consultarem a qualquer hora e em qualquer parte do mundo, mesmo de férias e até no Brasil.

www.ajovem.ciberjunta.com.

Façam o favor de USAR, sim!

CAMINHADA AO ALVÃO - Grupo da AJovem




Esta foto é para ficar para a história das ilustres caminhadas.

A Caminhada no ALVÃO pela AJovem




Todos na Caminhada da AJovem feita ao ALVÃO dia 7 de Julho deste ano,claro!
Vejam a força e o treino feito na AUTOESTRADA DO MENEZES, em que resulta.Uns verdadeiros atletas e caminhantes. Na próxima fazem o Caminho de Santiago, agora até ao Sul com parceria com Santiago de Cacém já que o nosso Presidente da República lá foi porque não???

segunda-feira, 9 de julho de 2007

ILUSTRES GRANJOLAS.....E Granjenses





Cá temos mais uns ilustres Granjolas entre eles o Sr. Ramos uma das figuras da Granja pai da D. Filomena, da actual papelaria da Granja.

domingo, 8 de julho de 2007

ILUSTRES GRANJOLAS.....E Granjenses




Cá temos as Granjolas CAPELAS - A Alexandra (Xami)a Olga e a Fató na casa da Granja,onde moraram quando vieram de Angola.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

MUSICA GRANJAJOLA - BOSSA NOVA


Este á o conjunto BOSSA NOVA com os seus antigos membros que tocaram e tocaram no antigo CLUBE RECREATIVO DA GRANJA sito na Avenida das Árvores (ex. Salazar)Reconheçam os seus membros e senhores de grande gabarito.
Porque nos faz falta o CLUBE ????
Porque nos faz tanta falta o espaço do CLUBE RECREATIVO DA GRANJA onde se jogava bilhar, cartas, se dançava e se fazia Teatro e também onde havia uma Biblioteca para uso de todos- uma verdadeira Biblioteca Pública.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

NÃO QUEREMOS POLÉMICAS??? Só queremos negócios


Os presidentes de ambas as juntas têm uma relação cordial, o que não impede que São Félix da Marinha diga que está a ser invadida, e Arcozelo subscreva um documento em que é referida a “campanha cada vez mais feroz da freguesia vizinha”.

Ver notícia em O Primeiro de Janeiro
DEIXEM-ME RIR como é que um Presidente da Junta pode defender a Freguesia se ele e a família têm interesses "novos" na Freguesia e à beira mar nas Praias da Freguesia.
Ah! Ah! Ah! Ah! DEIXEM-ME RIR.....e ir de férias...já estou cheia destes aprendizes de políticos.

domingo, 1 de julho de 2007

LIVRO DE HOMENAGEM A SOPHIA DE MELLO BREYNER


Setenta textos dedicados a Sophia de Mello Breyner Andresen vão ser hoje publicados no livro «A Sophia», a lançar por iniciativa do Pen Clube Português, no dia do terceiro aniversário da morte da poetisa. Dos 70 textos, apenas quatro tiveram já divulgação pública. O Pen Clube Português lança hoje 70 textos dedicados a Sophia de Mello Breyner Andresen no livro «A Sophia». Três anos passados desde a morte da poetisa, a publicação reúne textos da autoria de dezenas de sócios do Pen Clube “e seus companheiros de ofício”. Apenas quatro dos 70 textos tiveram divulgação pública, os restantes foram escritos expressamente para esta homenagem do Pen Clube à escritora, a que se associa a Editorial Caminho, com cuja chancela será publicado o livro. “Sophia foi um dos grandes impulsionadores, um dos inspiradores da criação do Pen Clube”, assinalou Casimiro de Brito, presidente do Pen Clube, em declarações à Lusa. A par da poetisa, Casimiro de Brito lembrou também o trabalho desenvolvido, em pleno fascismo, por autores como Fernando Namora e Ferreira de Castro para que o Pen Clube Português nascesse.
Setenta textos para a poetisa, que partiu há três anos
ver em O Primeiro de Janeiro

DEIXEM - ME RIR...Deixem-me RIR....Ah! Ah! nunca visto


S. Félix da Marinha e Arcozelo não se entendem em relação aos limites territoriais, apesar da amizade existente entre os dois executivos de freguesia. Há quem peça uma comissão com peritos para estudar a situação e já seguiu uma moção a pedir intervenção do primeiro-ministro.
DEIXEM-me RIR...Deixem-me RIR...
Vejam o artigo de O PRIMEIRO DE JANEIRO e se não fosse a foto junta da PISCINA DA GRANJA...que há anos serve de rebuçado quais eram os limites que se discutiam????

ANIVERSÁRIO DA MORTE DE SOPHIA DE MELLO BREYNER


O PEN Clube Português e a Editorial Caminho vão homenagear Sophia de Mello Breyner Andresen com a edição do livro A Sophia, com textos dedicados à nossa grande poeta da autoria de dezenas de sócios do PEN Clube e seus companheiros de ofício.
A sessão terá lugar no próximo dia 2 de Julho,amanhã,nno aniversário do seu falecimento pelas 18.30 Horas, na Sede da Editorial Caminho - Auditório Vítor Branco (Avenida Almirante Gago Coutinho, 121 - Lisboa).

O prazer de ter bons livros para ler!

EÇA DE QUEIROZ - Defensor dos imigrantes chineses


“Miosótis” foi a palavra que a escritora cubana Zoe Valdés, exilada em Paris, aprendeu aos 17 anos lendo Eça de Queiroz. Valdés admira a obra literária do autor, bem como o trabalho de diplomata em Cuba, por defender os direitos da comunidade sino-cubana.
“Eça de Queiroz é um romancista português que sempre me encantou e de quem se fala muito pouco. Com ele, conheci uma palavra muito bonita que é a flor ‘miosótis’ - dava-me vontade de rir cada vez que a lia num texto dele”, disse a autora à Lusa, aquando da sua passagem por Lisboa, para integrar o júri do festival de cinema digital Lisbon Village Festival, realizado entre 18 e 24 de Junho.No último livro que publicou, «La Eternidad del Instante» (2004), a escritora relata, a propósito da história do seu avô materno - um cidadão chinês que abandonou o seu país em direcção ao México e depois foi para Cuba -, como Eça, cônsul de Portugal em Havana entre 1872 e 1874, defendeu os imigrantes chineses. “Aí conto a história célebre no mundo sino-cubano da defesa que Eça de Queiroz fez daquelas pessoas que chegaram como escravas e que não foram legalizadas - nem se sabia a quantidade de chineses que havia em Cuba”, referiu Zoe Valdés.“Eça de Queiroz - sublinhou - iniciou uma espécie de movimento legal a favor dos chineses e conseguiu muitas coisas positivas para eles”. Exilada em Paris desde 1995, a escritora, de 48 anos, admite que o facto de ter nascido em Cuba e vivido numa ditadura a influenciou negativamente e se reflecte na sua obra. “Não creio que seja possível ultrapassar isso, é uma marca para toda a vida. Até ao final, terei de viver com o facto de ter tido de ir-me embora do meu país, por causa da falta de liberdade e de não poder pensar como quero no meu país”, frisou. Viver em democracia ensinou-lhe que “uma pessoa, de alguma forma, tem um espaço de liberdade, ilusões de liberdade e pode fazer a sua liberdade”. Abandonar Cuba “não foi fácil”, segundo a autora, que reconhece que teve “períodos de muita nostalgia, de muita melancolia”, mas que, ao mesmo tempo, não quis “viver num impasse”. “Decidi romper com tudo, estudar, ler, aprender, viajar - viver a outra realidade que me coube viver e que, como escritora, me enriqueceu muito. O exílio, a mim, não me bloqueou. Penso que, ao contrário, me deu um impulso, um balanço vital diferente”, sustentou. Como referências, Zoe Valdés aponta a mãe, a avó - assume-se, aliás, como uma escritora cuja obra tem como tema central as mulheres (“a solidão da mulher, a velhice, a fealdade do seu corpo, as dores, a angústia...”) - e a cantora cubana Celia Cruz. “Na vida - disse -, influenciou-me Celia Cruz com as suas canções e o seu exemplo: foi uma mulher que viveu no exílio, que teve uma força enorme para fazer a sua arte, que perdeu a sua mãe - estando ela em Cuba, não pôde vê-la mais - e conseguiu sobreviver a isso”. Sobre o papel que a sua infância teve na sua forma de escrever e de ver o mundo, citou Baudelaire, “que dizia que a pátria é a infância”. “Penso que, nesse sentido, a infância é justamente, para mim - hoje em dia, que sou uma exilada - a minha pátria”, admitiu. A formação que teve na infância foi, como para qualquer pessoa, fundamental, porque “foi muito diferente, não foi uma infância tranquila”. “Tive muitos problemas, sofri muito mas, ao mesmo tempo, tinha momentos de felicidade incrível, momentos de grande ternura e de grande amor, mas também de grande tristeza e melancolia”, recordou. O seu refúgio “era sempre a leitura” e também o cinema, porque não tinha televisão: “Em minha casa éramos bastante pobres, não tínhamos muitas coisas”.A sua relação com o cinema nasceu nessa altura, quando a sua família foi instalada num albergue, em frente do qual havia um cinema, porque a casa onde vivia estava em perigo de derrocada, tendo acabado mesmo por ruir. “No albergue, não havia água e a minha avó pediu autorização para lavar as crianças no cinema todos os dias, quando saíamos da escola, e depois víamos os filmes”, relatou. “Passaram-se dois anos em que vivi entre a escola, o albergue e o cinema - prosseguiu -, que era o momento mais mágico da minha vida. Esses dois anos foram muito importantes na minha infância, foi entre os nove e os dez anos”. Mais tarde, trabalhou no cinema, primeiro como argumentista, em seguida como acompanhante de personalidades no Festival de Cinema de Havana e, finalmente, como subdirectora da revista Cine Cubano, entre 1990 e 1995, ano em que abandonou o país. Antes de se exilar em Paris, Zoe Valdés trabalhou, entre 1984 e 1988, na delegação de Cuba junto da UNESCO, em Paris, e no Gabinete Cultural da Missão de Cuba na mesma cidade, tendo feito crítica de cinema desde muito jovem, “com vinte e poucos anos, para jornais, sobretudo em França”. “Escrevia sobre filmes que eram inspirados ou baseados em obras literárias ou filmes que tinham um fundo literário muito grande. Uma cinematografia muito próxima da literatura - essa era a minha especialidade”, indicou.“Sou uma escritora que saiu da poesia”, define-se Zoe Valdés, acrescentando que começou muito cedo, aos 17 anos, com um livro de poesia que se chamava «Respuestas para Vivir (Respostas para Viver)» - “um título muito pretensioso, porque aos 17 anos o que se faz é perguntas para viver”, gracejou. E mesmo hoje, aos 48 anos, - constatou - “continuam a ser perguntas para viver, ainda”.
*Agência Lusa
e em O Primeiro de Janeiro