"O caso da Casa do Eça na Granja é exemplar. Ninguém sabe de nada, ninguém assume a responsabilidade, incluindo Filipe Menezes que não se atreve a dar a cara nos maus momentos. Não há foguetes, não há Menezes. E entretanto não rolam cabeças? Havendo conivência com o pato bravo e/ou apenas incompetência por parte da Câmara, o caso é demasiado grave para passar em branco. Às vezes tenho a impressão de que estamos a regredir. Em Março de 1915 a Casa de Camilo em S. Miguel de Seide ardeu, ao que consta, por acidente (não havia nenhum pato bravo na história). O que é certo é que o acontecimento comoveu a população do Porto e através dos jornais procedeu-se de imediato a uma subscrição pública para a sua reconstrução. Em 1915 as condições de vida não eram tão boas como as actuais e a agitação política descambava muitas das vezes para a desordem pública (civil e militar) pelo que ninguém poderia saber com o que seria o dia de amanhã e mesmo assim reagiram com brio. Hoje, do fundo do nosso conforto burguês nem um ai nos sai. Será que perdemos o Norte?"
de DAVID AFONSO em o blog de A BAIXA DO PORTO
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