quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O ESTADO DA CP E DA ESTAÇÃO DA GRANJA



Máquinas de dez milhões ao abandono

Equipamento de bilhetes degrada-se nas estações

00h30m


"60 máquinas de bilhetes de comboio e metro foram colocadas, há dois anos e meio, em estações e apeadeiros das linhas de suburbanos do Porto. Custaram 10 milhões de euros, mas nunca funcionaram.

As sessenta máquinas colocadas nas estações das linhas suburbanas da CP Porto permitiriam, além de adquirir e carregar o Andante, comprar aquele que viria a ser um novo bilhete da CP que, tal como o do metro, poderia ser carregado.

A instalação de tais máquinas entusiasmou todos aqueles que, enquanto utentes habituais da CP e do Metro e utilizadores do Andante para os dois meios de transporte, pensaram poder comprar os bilhetes ou carregá-los onde quer que tomassem o comboio, ou seja, em estações como a da Granja ou em apeadeiros como o da Aguda. Puro engano.

É que, apesar do tempo decorrido, as ditas máquinas nunca foram postas a funcionar. Resultado: grande parte, sobretudo aquelas que se encontram ao ar livre, estão praticamente podres, tal é a quantidade de ferrugem. Muitas foram vandalizadas.

Há cerca de dois anos, o JN questionou a empresa Transportes Intermodais do Porto que explicou que as máquinas estavam ainda em fase de testes, daí algumas estarem ligadas à electricidade, e que iriam ser postas a funcionar a 1 de Março de 2008.

Foi dito que, para as máquinas estarem ligadas ao sistema central, havia que fazer a uniformização de todo o hardware e software envolvido, o que implicava, não só a instalação de fibra óptica, como até ligar alguns dos apeadeiros à rede de electricidade.

Tratava-se, explicaram, de um investimento na ordem dos 10 milhões de euros e que, além das tais 60 máquinas já instaladas, seriam colocadas mais 32.

Passado todo este tempo, e questionada desta vez a CP, fonte oficial explicou ao JN que o atraso na execução do projecto se deve a problemas surgidos durante a fase de testes, que ainda decorre, "nomeadamente ao nível da uniformização entre hardware e software". Uma garantia, porém, foi dada: as máquinas "estarão em funcionamento no decorrer do último trimestre".

Enquanto isso não acontece e tal como fizeram durante todo este tempo, os utilizadores do Andante continuam a adquiri-lo nas paragens do metro, nas Lojas da Mobilidade ou mesmo nos chamados "payshops", em muitos casos fora das estações. Curiosamente em Espinho, onde existe um Posto da Mobilidade, é possível comprar na bilheteira, mas, nas Devesas (Gaia) já não.

"Costumo ir a payshops ou compro em Espinho porque lá vou várias vezes, mas a verdade é que essas máquinas aqui na Granja dariam muito jeito. Se estivessem a funcionar, claro está", fez notar Susana Costa, estudante universitária.

"Não se compreende como é que foi gasto tanto dinheiro e as máquinas estão simplesmente encostadas. E se dessem para comprar o passe intermodal então, poupariam imenso tempo àqueles que, todos os meses, passam horas em filas na estação da Trindade", criticou Lurdes Fonseca, professora."

ver em JN

http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=

Sem comentários: