terça-feira, 11 de setembro de 2007

Praia da Granja: más notícias, mau tempo…


Transcreve-se aqui o texto publicado em O Primeiro de Janeiro por Ernesto Ricou




"Cometeu-se o irreparável! Destruição patrimonial irreversível. A casa da família Eça de Queirós demolida, envolta apenas pelo ruído ensurdecedor dos buldozers em acção!Anos de luta, entrevistas em rádios nacionais e privadas, na RTP e na RTP internacional. Artigos de imprensa curtos e outros de fundo. Promovi encontros com jornalistas, organizei visitas guiadas (in loco), contactei responsáveis autárquicos e expliquei a nativos da Granja a sua história.De que serviu? Hoje falta uma peça principal do puzzle!O que se pretende para aqui é a salvaguarda das raízes comuns, através de uma intransigente acção de protecção dos bens culturais com que o tempo, a história nos presentearam. O penúltimo proprietário, o eminente médico especialista em doenças pulmonares Dr. José Cabral, casado com a senhora Dona Mariazinha Eça de Queirós Cabral, aqui viveu. Juntos tiveram 9 filhos e cultivaram a memória de seu avô e bisavô ilustre antepassado. Nesta mansão faleceu sua esposa a Condensa de Resende.De passagem pela cidade do Porto, em visita familiar e profissional de curta estadia, lanço um APELO, mais um!... Primeiro aos Granjolas que como eu ainda tecem a fio de ouro os laços que nos ligam indefectivelmente à nossa terra. Depois segue-se o IPPAR, Luís Filipe Menezes, directores de empresas de construção civil e imobiliária. Impõem-se o respeito (a todos) pelas Cartas de Veneza (1964) e convenções internacionais e nacionais animadas e rectificadas pelo nosso País. A TERRA DE SANTA CRUZ necessita urgentemente de repousar, oferecendo-se generosamente, sagradamente aos seus habitantes, e aos visitantes nacionais e estrangeiros, na sua esplêndida plenitude histórica e integridade territorial. Fechemos definitivamente a porta à incompetência e à irresponsabilidade. Repito, salientando a importância do conjunto ambiental-arquitéctónico, da pérola à beira mar trazida à luz de forma genuinamente única!Deixo aqui algumas propostas ou sugestões. Assim, no local da antiga casa demolida, criar um Centro Cultural, um espaço vocacionado para a história local e da história dos personagens a ela ligados, denominado Centro cultural Eça de Queirós, exortando o IPPAR, com extrema urência e prioridade absoluta, a conceder-lhe um estatuto final digno da sua valia Patrimonial.Desejo ainda a publicação urgente de um livro de fotografias sobre a Praia da Granja, já disponível, assim como o incentivo a outras publicações iconográficas respeitantes a esta temática, na perspectiva de edição futura de monografias."



Alguém um dia destes irá escrever outro texto, dentro da mesma linha, quando o que resta da ESTAÇÃO DOS CAMINHOS DE FERRO fôr a baixo e o que resta dos seus azulejos desaparecerem,claro!

É pena que não se olhe para o tecido "Urbano" da Granja, que se centra em volta e virado para a linha do Comboio e que, esse magnífico edifício esteja, ao abandono total.

Um Centro Cultural - hoje precisa de estacionamento, precisa de infraestruturas e principalmente de actividade cultural coisa que não se resume a "copos" na esplanada, nem

De qualquer forma Parabéns ao Dr. Eduardo Ricou por colocar o dedo na ferida.

Sem comentários: