sexta-feira, 9 de julho de 2010

Biblioteca e arquivo de José Pacheco Pereira






Segundo Conceição Monteiro, secretária e pessoa de muita confiança de Francisco Sá Carneiro, este, quando em 1974 e 1975, se deslocava para fora de Portugal , deixava ficar na sua mão documentos a que atribuía muita importância, em envelopes fechados. Sá Carneiro, dada a volatilidade da situação política, tinha receio de não poder regressar a Portugal e pretendia assim garantir a sobrevivência dos documentos e a sua confidencialidade. Conceição Monteiro guardava-os à parte e eles não estão integrados em nenhumas pastas do seu arquivo, embora aí exista um elevado número de pastas classificadas de “confidencial” e “secreto”.

O envelope marcado por Conceição Monteiro de “Confidencial 1974″ foi -lhe deixado por Sá Carneiro nesse ano e encontrava-se fechado até ao momento em que o abri. Nele encontram-se dois textos dactilografados sobre o problema da institucionalização do MFA. Ambos estão por assinar e não possuem qualquer identificação. Desconheço quais sejam os seus autores, podendo ser do próprio Sá Carneiro totalmente ou em parte, ou terem-lhe sido enviados. Desconheço igualmente se algum deles, nestas ou noutras versões, se encontra noutro arquivo ou inclusive tenha sido publicado. Presumo que não.

O seu conteúdo revela o tipo de problemas que a institucionalização do MFA colocava a um processo democrático civilista e o modo como essa institucionalização afectava o debate constitucional.

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