sábado, 7 de novembro de 2009

Exposição revela documentos inéditos sobre Soeiro Pereira Gomes


"Documentos inéditos, livros, objectos pessoais, fotografias pouco conhecidas de Soeiro Pereira Gomes estarão patentes a partir de 7 de Novembro numa exposição sobre o escritor no Museu do Neo-realismo, em Vila Franca de Xira

À mostra, que poderá ser vista até 14 de Março de 2010, foi dado o título de Soeiro Pereira Gomes - Na esteira da Liberdade.

A comissária da exposição, Luísa Santos, explicou à Lusa que a frase Na esteira da Liberdade foi escolhida, por um lado, por ser representativa da acção e da luta cívica e militante de Soeiro e, por outro, para aproveitar a homofonia de «esteira» com Esteiros, o título do mais importante romance escrito pelo autor.

Alguns dos documentos expostos dão a conhecer «a faceta ensaístico-política» do escritor, uma faceta «pouco conhecida», que, segundo Luísa Santos, Soeiro começou a desenvolver «quando se envolveu nas questões da cidadania, da criação de bibliotecas populares, da participação em palestras».

«Ele tinha - observou - um particular carinho por essa divulgação, que era um modo de proporcionar conhecimento a quem raramente tinha contacto com esse conhecimento, digamos, mais erudito. Ele sabia da ligação íntima entre isso e a liberdade enquanto conceito ético».

Soeiro sempre teve «o desejo secreto de ser escritor» e nesta actividade se lançou «pouco antes do início da Guerra Civil de Espanha», em 1935, com um conto num jornal que a PIDE imediatamente censurou.

Na exposição poderá ser visto um exemplar de uma pequena edição clandestina de Contos vermelhos - primeira parte, título que sugere ter sido intenção do autor publicar uma continuação.

Soeiro teria projectado escrever «dois ou três romances» - além de Esteiros e Engrenagem. Um desses textos acabou por ser de crónicas.

«Temos na exposição - referiu Luísa Santos - o bloco de notas em que ele apontava, descrevia personagens, situações, alguns enredos. Como se estivesse a delinear um romance que não teve, deduzimos nós, tempo ou ocasião de escrever».

ESTÁ ENTERRADO EM ESPINHO sem qualquer Homenagem

ver em Jornal O SOL

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=153245

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