segunda-feira, 13 de abril de 2009

EÇA DE QUEIROZ e o que Têm de actual os seus textos


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Eça de Queiroz – Ramalho Ortigão, Retrato da «Ramalhal Figura», A. Campos Matos (2009), Livros Horizonte, 111 pp.

É geralmente acoplado a Eça de Queiroz, ou como escritor interessante mas de valor flutuante, que encaramos Ramalho Ortigão. Após a leitura de Eça de Queiroz – Ramalho Ortigão, Retrato da «Ramalhal Figura», de A. Campos Matos, ficamos a pensar se não será justa essa condição, pelo menos se nos ativermos ao homem, e não apenas à obra do prosador exímio que Ramalho sem dúvida foi – «primoroso escritor e detestável pedante», nas palavras de Castelo Branco Chaves, citadas por Campos Matos (p.44). É o próprio autor do ensaio em epígrafe quem instala a dúvida. Respigando as palavras de Eça, segundo o qual Ramalho seria «um homem de bem», põe mesmo em causa a opinião do romancista – «Levanta-se aqui um pequenos problema: o de saber em definitivo se a Ramalhal figura seria de facto um homem de bem… Temos razões de sobra para pensar que Eça talvez se tem há enganado nesta apreciação, ou que, pelo menos, ela merece cuidadosos matizados.» (p.13) O decurso do livro confirma, creio, a suspeita. O grande queiroziano deixa-nos, efectivamente, de Ramalho um retrato desapiedado mas pleno daquele rigor e erudição a que nos habituou o autor do Dicionário de Eça de Queiroz. Conseguiu reunir um conjunto de informações e de documentos – para os quais terá sido de capital importância o convívio diuturno com a obra de Eça – que se me afiguram, a todos os níveis, de suma importância para o estudo da obra queiroziana e da problemática da história literária, para não falar de qualquer estudo comparativo que se possa levar a cabo entre a obra de Eça e Ramalho (...).
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Publicada por NOVA ÁGUIA: DIRECÇÃO em NOVA ÁGUIA: O BLOGUE DA LUSOFONIA a 4/12/2009 12:18:00 PM

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