domingo, 6 de janeiro de 2008

S. Félix da Marinha vai ficar mais longe da praia


Ilda Figueiredo denunciou ontem a possibilidade da população de S. Félix da Marinha ficar mais longe da praia, ainda que more a 200 metros. O problema está na possibilidade de a REFER optar pela construção de um túnel de superfície para a alta velocidade.
António Larguesa
A população de S. Félix da Marinha pode ficar sem acesso pedonal e automóvel à praia, caso a REFER opte pela construção de um túnel de superfície na futura linha ferroviária de alta velocidade e esqueça as passagens subterrâneas de ligação ao mar. Segundo a vereadora da CDU na Câmara de Gaia, Ilda Figueiredo, com o rebaixamento da via-férrea em Espinho, uma das soluções finais para a remodelação na zona de S. Félix da Marinha passa por um túnel de quatro metros de altura a construir sobre a linha. A estrutura foi pensada de forma a reduzir o impacto sonoro da passagem do comboio de alta velocidade que ligará Porto e Lisboa, um dos eixos considerados prioritários pelo governo, a par da ligação Lisboa/Madrid.“As pessoas estão a 200 metros da praia, mas vão deixar de a poder ver”, ironizou Ilda Figueiredo, que ontem de manhã, na visita ao local, esteve acompanhada por uma pequena comitiva de representantes locais da coligação. “A REFER não pode actuar pondo em causa a possibilidade das populações circularem”, acrescentou. A CDU lembrou ainda que “uma barreira de quatro metros naquele local alteraria toda a paisagem”, pedindo que a autarquia de Gaia negoceie com a REFER uma “alternativa que proteja a paisagem”, que pode passar pelo rebaixamento da linha, como defendeu a sua congénere de Espinho.
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Obras paradas
A mini-caravana da CDU visitou ainda outros dois locais da freguesia, onde denunciou outras tantas situações. S. Félix da Marinha, com 13 mil habitantes, não possui um único equipamento desportivo desde que em Setembro do ano passado começaram as obras no campo de jogos. No entanto, os trabalhos estão parados há três meses e a própria direcção do clube local desconhece as razões para a paralisação. “Os seniores jogam num campo fora da freguesia há cinco anos, já perdemos um terço dos sócios e este ano, pela primeira vez desde 1984, estivemos em risco de não ter equipa nos cinco escalões”, lamentou Fernando Faria, vice-presidente para o futebol juvenil.

1 comentário:

MCA disse...

Isabel, obrigada pela visita à BdJ! Um bom ano.
Clara