terça-feira, 23 de outubro de 2007

MARIA ANDRESEN estreia nas Quintas da Leitura - uma Granjola






Maria Andresen em estreia nas Quintas de Leitura

25 de Outubro
Duas estreias absolutas nas Quintas de Leitura

A poeta Maria Andresen e a cantora Eldbjørg Raknes


A próxima sessão de Quintas de Leitura intitula-se «Lugares e Passagens» e marca a estreia absoluta de Maria Andresen neste ciclo poético, num espectáculo a realizar no dia 25 de Outubro, às 22h00, no Café-Teatro do TCA.

Maria Andresen publicou até ao momento dois livros: «Lugares» (2001) e «Livro das Passagens» (2006), ambos editados pela Relógio d’Água.


Sobre esta voz importante da moderna poesia portuguesa, escreveu Eduardo Prado Coelho no suplemento do jornal Público «Mil Folhas»: «É necessário dizer que a poesia de Maria Andresen institui uma voz de grande originalidade na nossa poesia. De certo modo, ela é abstracta, no sentido em que o é na sua inclinação conceptual. Mas nunca o abstracto foi tão figurado, nunca conseguiu avançar com tanta energia, e por vezes quase fúria, no concreto, no jogo metafórico, nas cores mais sensíveis e sensuais».


As leituras da sessão estarão a cargo da poeta Filipa Leal e dos actores Pedro Lamares e Sandra Salomé. Maria Andresen, que no início da sessão conversará com Rosa Maria Martelo, lerá também alguns dos seus poemas.

No habitual momento dedicado à performance, Margarida Mestre volta ao TCA para apresentar a peça «Impressões», construída a partir de uma remontagem de textos de Maria Andresen.

A imagem da sessão mostrará pinturas e desenhos do arquitecto Diogo Vaz, marido da poeta, falecido em 2005.

Tempo ainda para ouvir, em estreia absoluta em Portugal, a cantora Eldbjørg Raknes, uma importante referência no contexto de improvisação vocal na Noruega. Improvisação e composição com e sem palavras, capazes de nos suster a respiração.


Junte-se a nós: Quintas de Leitura




UM POEMA DE MARIA ANDRESEN
Os papéis ardem como arde a casa

e ardem cidades que dentro de mim guardava

em nomes alheados que articulo como

prece levantada ao encontro dos acasos.Mark Rothko

elevava as cores à ignorância de Deus


[in Livro das Passagens, Relógio d'Água, 2006]

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